sexta-feira, 6 de junho de 2008

Hoje faz sol, na praça, vamos passear?

PRAÇA DOS NAMORADOS


Presentes, passos e mãos dadas

Ao fim de um dia especial

Ao por do sol que dorme triste

Em não namorar a lua e sua luz.

Passeiam

Jovens de alma enquanto amam

Sentados aos pares nos bancos

Vendo o véu da lua-branca

Cobrir a noite, casando o céu

Enquanto as luminárias aos poucos

Só mostram os sons das bocas beijantes

E as mãos que enxergam agora o prazer

No centro da praça

Como se atraísse paz

Pelo maior dos monumentos

O busto do amor palpável.


Marcelo Bonates (O Trovador)

06.06.2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Olhos Negros que claream sorrisos brancos.

Olhos Negros


Ha quem queira um amor fácil
Ou um que seja dado pelos céus
Sem esforços o que não traz a ardência
Das grandes paixões

Ha quem queira um amor livre
Ou um modernizado pelos céticos
Sem o prazer de uma estabilidade
E sim pelo prazer de uma atração desenfreada.

Ha também os que ainda aspiram
Amores como odores de rosas
Sendo levados para o seu intimo
E buscando o êxtase do amor como a nova aurora.

Desses, os verdadeiros amantes,
Que em crisálida de paixão
Virar-se-á em poesia todo seu desejo
Tornam-se fragilizados e amedrontados.
Até firmar-se e concretiza-se toda sua fé,
Para surgir de novo em vôos de felicidade.

E como destes espero voltar a voar
Buscando no fundo dos teus olhos negros,
Que não são escuros porque brilham
E não ofuscam pois carregam a luz dos inocentes,
Um abrigo e um altar
Para casar o amor e a confiança
De quem lhe procuram
Para renascer em tempo
Recriar de sonho e te eternizar em versos.


Texto produzido por:
Marcelo Bonates

domingo, 1 de junho de 2008

BATE CORAÇÃO ... que sou teu companheiro até no sofrer, em vez de chorar... ri um pouco que é pra compensar

CRÔNICAS DO CORAÇÃO


Há muito tempo,
O coração tem sido descrito
Como um espaço;
Câmaras ocas, preenchidas momentaneamente
Por algo que entra e sai
Pulsando.

O que faz pensar que a vida
É apenas um lapso de tempo
De vida e morte, a cada espaço vazio
Preenchido ou esvaziado.

Há ainda os que o vêem como prêmio,
Um objeto-troféu, que não faz parte de um todo,
Com concorrentes, com disputas
Até mesmo covardes
Em que o mérito de tudo
Está numa conquista sem pódio.

O que perde o sentido de algo a ser dado,
Um presente que não é esperado
Mas é desejado mais que tudo
No final de uma data especial.

Há ainda os que o esquecem,
Os que o deixam tão imperceptível,
Tão prostrado e esquecido
Que o seu único sentido
É dividir dois espaços com uma porta
O de viver e o não mais estar aqui.

Algo tão mais abstrato e incerto
Do que ter fé em coisas que não são visíveis
Mas são tão mais tocáveis ao ponto
De trazer de volta quem atravessou a porta sem querer.

Aos poucos, os vivos, livres de qualquer descrença
Faz-se coração de todos os momentos cheios de vida
Com fé de que a porta, aberta, é só mais uma razão
Para querer voltar, sorrir, pulsar
Preencher espaços vazios e premiar
O tempo com mais uma vida.

Marcelo Bonates (O Trovador)
02.06.2008